sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Em 1983 foi criada pela Assembléia Geral da ONU, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - CMMAD, que foi presidida por Gro Harlem Brundtland, à época primeira-ministra da Noruega, com a incumbência de reexaminar as questões críticas do meio ambiente e de desenvolvimento, com o objetivo de elaborar uma nova compreensão do problema, além de propostas de abordagem realistas. Essa Comissão deveria propor novas normas de cooperação internacional que pudessem orientar políticas e ações internacionais de modo a promover as mudanças que se faziam necessárias (WCED, 1987, p.4). No trabalho surgido dessa Comissão, apareceu pela primeira vez de forma clara, o conceito de "Desenvolvimento Sustentável", embora ele já estivesse em gestação, com outros nomes, desde a década anterior.

O relatório “Nosso Futuro Comum”, lançado em 1987 (também conhecido como "Relatório Brundtland"), veio atentar para a necessidade de um novo tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso em todo o planeta e, no longo prazo, ser alcançado pelos países em desenvolvimento e também pelos desenvolvidos. Nele, apontou-se a pobreza como uma das principais causas e um dos principais efeitos dos problemas ambientais do mundo. O relatório criticou o modelo adotado pelos países desenvolvidos, por ser insustentável e impossível de ser copiado pelos países em desenvolvimento, sob pena de se esgotarem rapidamente os recursos naturais. Cunhou, desta forma, o conceito de desenvolvimento sustentável, ou seja, "o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades" (WCED, 1991).

Neste conceito foram embutidos pelo menos dois importantes princípios: o de necessidades e o da noção de limitação. O primeiro trata da eqüidade (necessidades essenciais dos pobres) e o outro se refere às limitações que o estágio da tecnologia e da organização social determinam ao meio ambiente (WCED, 1991, p.46). Já que as necessidades humanas são determinadas social e culturalmente, isto requer a promoção de valores que mantenham os padrões de consumo dentro dos limites das possibilidades ecológicas. O desenvolvimento sustentável significa compatibilidade do crescimento econômico, com desenvolvimento humano e qualidade ambiental. Portanto, o desenvolvimento sustentável preconiza que as sociedades atendam às necessidades humanas em dois sentidos: aumentando o potencial de produção e assegurando a todos as mesmas oportunidades (gerações presentes e futuras).

Nesta visão, o desenvolvimento sustentável não é um estado permanente de equilíbrio, mas sim de mudanças quanto ao acesso aos recursos e quanto à distribuição de custos e benefícios. Na sua essência, "é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e às aspirações humanas" (WCED, 1991, p.49].

Além de ter aumentado a percepção do mundo em relação aos problemas ambientais, a comissão de Gro Harlem Brundtland não se restringiu somente a estes aspectos. O Relatório mostrou que a possibilidade de um estilo de desenvolvimento sustentável está intrinsecamente ligado aos problemas de eliminação da pobreza, da satisfação das necessidades básicas de alimentação, saúde e habitação e, aliado a tudo isto, à alteração da matriz energética, privilegiando fontes renováveis e o processo de inovação tecnológica.
Os pontos centrais do conceito de desenvolvimento sustentável elaborados pela CMMAD e contidos no relatório Nosso Futuro Comum (WCED, 1991) e que se tornaram a linha mestra da Agenda 21:

"... tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso humano não apenas em alguns lugares e por alguns anos, mas em todo o planeta e até um futuro longínquo. Assim, o "desenvolvimento sustentável" é um objetivo a ser alcançado não só pelas nações ‘em desenvolvimento’, mas também pelas industrializadas.

"... atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades. Ele contém dois conceitos chaves: i) o conceito de ‘necessidades’, sobretudo as necessidades essenciais dos pobres do mundo, que devem receber a máxima prioridade e: ii) "a noção das limitações que o estágio da tecnologia e da organização social impõem ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.

"Em essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas".

A "Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento" - CNUMAD (mais conhecida por "Rio-92" ou "Eco-92") buscou o consenso internacional para a operacionalização do conceito do desenvolvimento sustentável. A partir desta conferência, o termo desenvolvimento sustentável ganhou grande popularidade e vem sendo alvo de muitos estudos e tentativas de estabelecimento de políticas de gestão que buscam contemplar os seus princípios centrais.

EXPEDIÇÃO RUMO AO RIO NOVO

Quem pensa no meio ambiente? Quem desmata ou quem se beneficia do desmate? A pergunta coloca a tona o pensamento do homem hoje. Poucos são os querem mudar esta realidade. O progresso é incansável. Que me perdoe o velho Marechal, quando entoava em meio às matas “Morre se preciso for, matar nunca” Prefiro viver no anonimato a ser um herói morto. É melhor escapar fedendo do que morrer cheiroso. Se for pra viver cem anos, falo com todo o prazer: Matar se preciso for... Morrer nunca!

*Marechal: Candido da Silva Mariano Rondon



Divulgar as conseqüências da destruição é um passo importante. Rondon talvez nem soubesse mais seu lema e sua perspicaz levaria Rondon, a Rondônia dos desmates. Da degradação ambiental, do estado que foi considerado em 2009, o mais devastado do Brasil.

Globo Amazônia, da empresa Globo de comunicação. O site que divulga em tempo real algumas regiões brasileiras monitoradas por satélite. O programa oferece ainda, a possibilidade do internauta se tornar um segurança de sua própria região. Portal foi criado em 2008 desde então já recebeu milhares de acessos.

Quem também luta para mostrar a situação no país, é o Programa Globo Rural. O programa é um dos mais antigos da televisão brasileira, onde o foco é o meio ambiente e recursos naturais renováveis.

Na região Norte, a Tv-Amazon Site, uma emissora da rede Amazônica, da família Daou, trata a situação ambiental com enfoques para a própria Amazônia. A maioria dos programas é voltado ao meio ambiente, por serem claro, feitos em Manaus, em meio a floresta amazônica.

“Homem da Floresta”, apresentado pelo canal. O programa aborda temas relacionados ao meio ambiente amazônico e as conseqüências que ocorrem na natureza.

Rondônia por sua vez não há nenhum meio de comunicação que narra à questão. A não ser matérias televisa ou reaproveitada de outros meios de comunicação. Jornalistas especializados no assunto: são apenas esporádicos

VEÍCULOS ESPECIALIZADOS

No Brasil, ele se manifesta nos veículos tradicionais (jornais e revistas de circulação nacional), mas também a partir de iniciativas relevantes, como o premiado Jornal do Meio Ambiente, de Vilmar Berna, e do Terra América comandado, no Brasil, pela competente equipe da Envolverde.
Globo rural, Revista Meio Ambiente. Acessando o site www.jornalismocientifico.com.br você verá os mais renomados especialistas no meio científico.
Revista Ambiente Brasil

CONCIDERAÇÕES FINAIS

O especialista que faz o jornalismo seja ele ambiental, policial, automotor, esportivo, dentre outros que vão surgindo a todo o momento. Esse jornalista se torna o diferencial na área em que ele atua é lógico que, por exemplo, sobre desenvolvimento sustentável um jornalista especializado em esporte não vai saber tanto quanto um jornalista especializado em meio ambiente. Essa especialidade faz com que esse profissional trate com maior cuidado determinado assunto.

No jornalismo é um tema meio ambiente é muito importante neste século, e os veículos de comunicação que não são especializados tratam de forma sucinta esse tema, só lembram quando é alguma catástrofe. Porém os meios especializados dão à importância necessária que ele merece, pois essa é a sua função.

Por isso é necessários termos jornalista especialistas em determinados temas, porém, é bom saber que não precisamos esquecer os outros segmentos devemos saber de tudo um pouco para não sermos pego de surpresa na frente. Ser especialista hoje em dia é fundamental, mas é muito importante não ficar refém deste.

Como o jornalismo ambiental tem características muito complexas, uma linguagem complicada, entender esses termos e transmitir isso ao leitor é muito complicado.

PERSONAGENS

No Brasil o jornalista André Trigueiro é a referência nesse assunto. André atua nessa área há muito tempo e conduz bem o tema. Participou de vários seminários, e palestras abordando a realidade do meio ambiente e suas conseqüências em contato com o homem, publicou vários artigos e possui um site especializado em jornalismo ambiental.
As fontes de Jornalismo Ambiental são divididas entre protagonistas (movimentos ambientalistas, ecologistas, entidades que cometem crimes ambientais).


Vilmar Sidnei Demamam Berna é gaúcho, nascido em 11/10/1956, em Porto Alegre (RS) e vive em Jurujuba, Niterói (RJ), em frente à Baía de Guanabara, numa comunidade de pescadores artesanais, onde mora com os dois filhos e dois netos, do primeiro casamento, e com a esposa e enteado do segundo casamento. Por sua luta constante pela formação da cidadania ambiental planetária foi reconhecido pelas Organizações das Nações Unidas – ONU, em 1999, no Japão, com o Prêmio Global 500 Para o Meio Ambiente. Em 2002, recebeu o título de Cidadão Niteroiense e, em 2003, o Prêmio Verde das Américas, entre outros.

Participou da fundação de várias organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, dedicadas às lutas por um mundo melhor, mais ecológico, pacífico e democrático, entre as quais se destacam a UNIVERDE, em 1980, em São Gonçalo (RJ), os Defensores da Terra, em 1984, na Cidade do Rio de Janeiro, e mais recentemente a REBIA – Rede Brasileira de Informação Ambiental, com sede em Niterói (RJ), da qual é editor voluntário da Revista do Meio Ambiente e do www.portaldomeioambiente.org.br distribuídos gratuitamente com o objetivo de contribuir na formação de uma nova consciência ambiental e na cidadania ambiental em nossa sociedade.

CONCEITOS

Jornalismo Ambiental é especialização da profissão jornalística nos fatos relativos ao Meio Ambiente. Esse modo de fazer jornalismo surgiu no final da Segunda Guerra Mundial, quando a Ecologia ganhou força com tema de relevância mundial, inicialmente no Primeiro Mundo, na década de 1980, e após a conferência Rio 92.

O Jornalismo ambiental denúncia abusos à natureza causada pelos homens e relata fatos que ocorrem na natureza. Nos últimos anos, em função da inclusão da Ecologia como pauta diária nos veículos de informação, compreende a divulgação de fatos, processos, estudos e pesquisas associadas à preservação do meio ambiente e da diversidade.

Várias ONG’s ambientalistas também o praticam o jornalismo ambiental, o caráter positivo da militância, isto é, quando identificado com a causa ambiental (e deveria ser sempre assim), o jornalismo ambiental é engajado, comprometido, o que não significa que deva forjar os fatos ou manipular a verdade para fazer valer a sua opinião, embora muitos o façam.

Conceituar o jornalismo ambiental é um grande desafio, no qual se observa que deriva da imagem de meio ambiente que é divulgado (em boa parte da imprensa, inclusive) em que assumem o meio ambiente como algo distante da realidade que nos cerca como somente as florestas, os animais em extinção, calotas polares derretendo, etc. A cobertura da mídia não encara o meio ambiente como espaços que geram mudanças na vida humana e no âmbito global, e, portanto, reflete o equívoco em se optar por pautar temas somente do âmbito natural, com conceitos reducionistas e dicotômicos como se o meio ambiente não incluísse nosso ambiente urbano, cultural, do trabalho e como se cada um de nós não impactasse o meio ambiente a todo o momento.

Polêmicas travadas em virtude de alguns temas, como os transgênicos, a biopirataria ameaça à diversidade e à soberania nacionais, o aquecimento global (efeito estufa e subtemas equivalentes) e a segurança alimentar (que o diga a vaca louca!) trouxeram um novo impulso ao Jornalismo Ambiental.

O Talvez pequemos quando chamamos de sustentáveis práticas consideradas condenáveis, só para defender o interesse econômico de grandes empresas ou patrocinadores de seus meios de comunicação, por exemplo, como as que estão relacionadas com o uso intensivo de agrotóxicos na agricultura ou defendendo os transgênicos. Sendo seu outro desafio o sistema de produção jornalística, fragmentado em editorias, normalmente em economia, ciência e tecnologia, e que por isso, enxerga a questão ambiental a partir de olhares específicos para essas áreas, não contemplando a amplitude que a temática oferece. Esse fato explica a visão estreita dos editores de economia, por exemplo, que confundem sustentabilidade com crescimento econômico e ainda confirmam que o mundo poderá se “desenvolver” com soluções químicas, rápidas ou degradantes – e desagradáveis - como os transgênicos, as plantações de eucaliptos - que chamam de florestas, como se ela mantivessem biodiversidades ou fossem perenes - que também limitam os solos, ou até mesmo as “maravilhas do progresso” das hidroelétricas na Amazônia e a transposição do rio São Francisco.

Jornalismo ambiental como dito logo acima, é a espacialização do jornalista na área ambiental, para que transmita esse tipo de informação de maneira que uma pessoa que já conhece esse mundo se sinta mais informado, esse profissional se torna diferenciado, e por ele ser diferenciado acaba se tornando muito importante para a pessoa que acompanha o meio ambiente. Ainda não existe um jornalismo especializado no ramo ambiental em porto velho-RO, como a cidade ainda passa por um processo de evolução, e a comunicação anda junto com esta, ainda não temos tal profissional, existem uns e outros que fazem as pautas, porém muitos nem se quer entendem o que estão transmitindo as pessoas, é claro que deve haver jornalistas que se interessam pelo meio ambiente e fazem excelentes matérias devido a dificuldade que existe ainda.

CARACTERÍSTICAS

O jornalismo ambiental tem características diversas em cada região do Brasil. A existência e a própria qualidade das notícias publicadas estão diretamente relacionadas à mobilização da sociedade em torno do tema. As Organizações Não-Governamentais enfrentam dificuldades para publicar os seus pontos de vista em todo o país, mas onde a atuação das entidades é fraca, o noticiário sobre problemas ecológicos é quase inexistente.

Os grandes grupos de comunicação do país sabem que não podem ignorar a questão ambiental, meramente por uma questão de mercado, e por isso fazem pequenas concessões, abrindo janelas periféricas aqui e ali. No entanto, mantêm o jornalismo ambiental com um status marginal. E o jornalista que se especializa é rapidamente tachado de ecochato ou ecologista, minando a credibilidade do profissional. Principalmente quando começa a discutir com profundidade as questões ecológicas e denunciar grandes empresas poluidoras.

A imprensa brasileira dificilmente trata dos problemas ambientais com profundidade na pauta das discussões públicas. As exceções são fruto de um esforço pessoal e isolado. O meio ambiente é manchete e ganha espaço e tempo na cobertura diária quando acontecem desastres, ou quando os assuntos repercutem no exterior, como a morte de um ecologista famoso, as queimadas e os desmatamentos na Amazônia e na Mata Atlântica. A pauta ambiental ainda vem das agências internacionais.

A grande imprensa não desvenda a promiscuidade que existe entre os órgãos ambientais e as indústrias. Também evita debater temas brasileiros, como a falta de saneamento no país.

LINGUAGEM

A linguagem utilizada no Jornalismo ambiental é técnica, com muitos termos difíceis de entender e para facilitar a assimilação desses termos técnicos deve-se comparar da forma mais simples com algo bem mais fácil de entender. Como o jornalismo ambiental é feito pra quem entende mais do assunto, ou seja, o leitor é uma pessoa que está por dentro do palavreado utilizado no meio, fica fácil para que o jornalista especializado faça sua matéria.

Os temos utilizados pelos entrevistados são muito complexos e um jornalista não está preparado fica perdido na hora da entrevista, por isso a capacitação desse profissional é muito importante, para que ele especialista passe com mais clareza possível para o leitor.

PORTO VELHO: TURISMO EM BAIXA

Porto velho hoje, uma região riquíssima em biodiversidade e belezas naturais sua fauna e flora mostram de dois ecossistemas. Além de constituir uma zona de transição entre o pantanal mato-grossense e a Amazônia. As Três Caixas D’águas e A Estrada de Ferro Madeira Mamoré um dos principais pontos turísticos da capital, devido ao seu patrimônio histórico, natural e humano. Nem mesmo esses monumentos da humanidade e as belezas naturais oferecidas para a população, escaparam do esquecimento das autoridades de Porto Velho. Falta de investimentos e infra-estrutura do governo estadual e municipal, é um dos motivos apontados por alguns gerentes e empresários de hotéis de Porto Velho, pelo baixo índice de turistas na capital do estado. Para agravar ainda mais o problema, falta hotéis para atender toda a demanda das pessoas que estão escolhendo Porto Velho como ponto de partida para uma nova vida. Para o Gerente de Eventos do Aquários Selva Hotel José Cavalcante, as pessoas vêem muita gente de fora em nossa cidade, e pensa que está crescendo o turismo em Porto Velho, mais a população não sabe diferenciar o turista que vem atrás de negócios e o que está buscando entretenimento. Cavalcante afirma que é difícil atrair turistas quando não se tem para onde levá-los ou que oferecer, mais diz que o hotel está investindo para melhor atender a clientela que visitar a capital de Rondônia. Apoiando o grito dos serviços hoteleiros, a Administradora do Rondon Palace hotel Liduina Barroso, confirma a precariedade da capital na questão do turismo, e diz não se lembrar quando os serviços do hotel foi procurado por algum turista para conhecer o que nossa capital tem de melhor. Liduina fala que os turistas que o Rondon recebe, são aqueles que procuram o estado principalmente para estudar sobre a Amazônia. Aprendemos várias coisas com esse trabalho, a primeira é que após uma série de entrevistas com moradores, comprovamos que uma grande parte da população de Porto Velho não tem interesse pelos pontos turísticos da capital. A segunda é que falta investimento por parte dos governos estadual e municipal, ou se tem tal investimento não chega onde realmente deveria. Outra conclusão é que donos de setores hoteleiros e empresários da área preferem ficar esperando pelos recursos dos governos, mais também não investem nos serviços oferecidos pela empresa, para conquistar futuros turistas, diferentemente do que acontece nos grandes centros turísticos do país.

SEMENTE É A PRINCIPAL MATÉRIA PRIMA DA BIOJÓIA

As biojóias são bijuterias elaboradas utilizando sementes lapidadas e polidas por meio de técnicas próprias, obtendo-se a mais alta qualidade. A matéria-prima é rigorosamente selecionada, destinando-se a cada peça o material adequado, usando criatividade e a experiência de quem conhece e respeita a natureza. O requinte das peças resulta do cuidadoso acabamento aplicado e da sensibilidade da artista, na combinação de materiais e cores, destacados pela delicadeza do ouro e prata. O resultado são jóias cheias de harmonia e bom gosto, inspiradas na exuberância da natureza amazônica, expressando o melhor da cultura regional, por sua originalidade e brilho exótico.
Cristiane Oliveira, 35 anos, é artesã e a 12 anos trabalha com biojóias. Há 6 anos se especializou com o artesão César Farias, e com o sonho de mexer com semente, descobriu técnicas e passou a utilizá-las em sementes como: tucumã, jarina, babaçu, açaí, jatobá etc. “Era um sonho da minha vida aprender a lidar com sementes”, afirma.
Capacitada para dar cursos, a artesã vive 100% do seu artesanato, reaproveitando materiais que as pessoas não utilizariam. Explica que o mercado de comércio das biojóias em Rondônia é bom, mas precisa ser estruturado. Afirma que irá abrir uma loja no Mercado Cultural, no centro de Porto Velho, em dezembro, facilitando o acesso aos turistas nacionais e estrangeiros.

Para realizar a confecção das biojóias, é necessário respeitar o tempo de uso das sementes. “Tenho sementes que demorei três anos para utilizar”, conta Cristiane Oliveira. Suas sementes são provenientes de Rio Branco e compradas em grandes quantidades.

No processo de produção da biojóia a artesã utiliza uma máquina para furar,uma para polir e outra pra lixar a semente. O que diferencia o seu trabalho dos demais artesãos é a utilização da técnica pirogravura.

O que é pirogravura?

A palavra pirografia é de origem grega e significa “escrita à fogo”. É uma técnica em que uma espécie de caneta incandescente, ligada a energia, libera fogo e ao entrar em contato o objeto, forma desenhos que variam de acordo com o desejo do artesão.
Para Cristiane, ser profissional é importante assim como saber caminhar, ou como falar com os clientes, isso os artesões aprendem dentro dos projetos que o Sebrae oferece através de capacitação.

Cristiane trabalha com o esposo e o filho e também é cantora. Também utiliza as sementes para confeccionar instrumentos de percussão.
Neusa dos Santos Tezzari, 47 anos, professora da Universidade Federal de Rondônia, e fez o curso de biojóia no CETENE de Porto Velho, em 2007. Ela afirma que o curso é importante para capacitar pessoas e ensinar novas técnicas. “O único problema é que as máquinas utilizadas são caras e nem todas as pessoas têm acesso”, diz a professora.
A estudante Caren Esteves Duarte utiliza as biojóias, como acessórios, no dia-a-dia. Conta que o aproveitamento das sementes é uma ótima maneira de desenvolvimento sustentável aplicado no estado de Rondônia, aplicando a renda dos artesãos e movimenta capital na economia do estado. “Além disso as peças são bem trabalhadas e eu as utilizo para presentear amigos e parentes que moram longe”, diz a estudante.

Cooperativa Açaí

Para conquistar o mercado e chegar nas principais joalherias do país, os artesãos começam a misturar as sementes com materiais bem mais valiosos como ouro e prata. Em Rondônia este trabalho é promovido também pela Cooperativa Açaí. João da Rosa é o ouvires que fez parceria com a Cooperativa e capacitou cerca de 30 artesãos. “Agregando esses valores, eles poderão sim ganhar mais dinheiro”, acredita João. Através de barcos que atravessam o Rio Madeira as sacas são levadas para a cidade. O beneficiamento da semente é feito pelo artesão Ronaldo Farias, ele conta que as sementes chegam sujas com pêlos e várias imperfeições.
Com uma peneira é retirado o pó da semente. Os furos por onde passa os fios do cordão são feitos através de brocas. Lixadas e polidas as sementes estão prontas para virarem jóias. Algumas sementes ainda ficam 24 horas numa estufa improvisada numa geladeira velha. Com o calor elas endurecem e os fungos são eliminados. Com ouro e prata, as biojóias chegam a custar até 20 vezes mais. Todos os dias são criados novos estilos. As mais bonitas são aprovadas e produzidas quase em série. Quase, porque com as sementes nunca uma biojóia fica igual a outra.

O Sebrae é uma instituição que apóia a cooperativa. “Acreditamos na capacidade de produção das biojóias amazônicas, e por isso ajudamos a divulgar os trabalhos através da impressão de folders”. disse Glenny Paes Salles, colaboradora do Sebrae de Rondônia.
Contatos:
COOPERATIVA AÇAÍTel: (69) 9218-3760Endereço:Rua Henrique Dias s/n – Centro- CEP: 78902-080 Porto Velho/RO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abiahy, Ana Carolina de Araújo. O jornalismo especializado na sociedade da informação. Disponível em: http://www.bocc.uff.br/pag/abiahy-ana-jornalismo-especializado.pdF (24/10/2009)

Jornalismo cultural. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_cultural. (24/10/2009)

Sava, Suellen. Editora da revista Cult defende jornalismo cultural contra barbárie. Disponível em: http://aplicacoes.up.edu.br/jornalismoexpresso/mostra_noticia.asp?Secao=2&Noticia=2546&Tipo=. (24/10/2009)

Barreto, Ivana. As realidades do jornalismo cultural no Brasil. Disponível em: http://www.contemporanea.uerj.br/pdf/ed_07/08IvanaBarreto.pdf. (24/10/2009)

Bravo! (revista). Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bravo!_%28revista%29. (24/10/2009)

NOVOS RUMOS

Esse ano o Jornalismo Cultural passou a ser tratado com maior destaque já que foi foco de dois congressos: I congresso de Jornalismo cultural, realizado no Teatro da Universidade Católica de São Paulo e o I Congresso Brasileiro de Jornalismo Cultural, realizado na universidade Positivo, em Curitiba. A organizadora do evento em Curitiba, Dayse Bregantini, editora-chefe da Revista Cult, ao ser perguntada quanto aos rumos do jornalismo cultural, respondeu ser super otimista, por considerar um mercado que vai crescer mais, se especializar mais, é o que vai gerar muito emprego. Diz ainda que, isso, é para logo e acha que daqui três ou quatro anos vai ser o maior mercado de emprego para jornalistas.

Um desafio do J.C, agora, é conseguir inserir esse ‘mundo’ na realidade de todas as classes sociais, afinal, música, teatro, exposições, entre outros, não fazem parte da realidade da maioria dos brasileiros. Um outro desafio, e que será desafio sempre, é não deixar que esse jornalismo seja relacionado a dinheiro, venda, consumo e sim, a divulgação da arte.

MEIOS

Quando se trata de Jornalismo Cultural, diversos meios de comunicação atuam na área. São os casos das revistas CAROS AMIGOS, CONCERTO, CULT e da revista BRAVO, essa última trata de assuntos culturais e artísticos: música, teatro, literatura, pintura, cinema, com artigos, críticas e fotos. A publicação faz análises da Bienal de São Paulo, do Festival de Cinema de Gramado e de outros eventos artísticos, e em seu caderno de ensaios críticos já escreveram Sérgio Augusto, Sérgio Augusto de Andrade, Olavo de Carvalho, Ariano Suassuna, Jorge Caldeira, Reinaldo Azevedo, entre outros articulistas.

O canal da televisão TV Cultura é outro exemplo de mídia que divulga o jornalismo cultural. Emissora pública de caráter educativo e cultural, fundada em 1969 na capital paulista, gerando programas de televisão educativos que são transmitidos para todo o Brasil via satélite e através de suas afiliadas em diversas regiões do Brasil.

É mantida pela Fundação Padre Anchieta, uma fundação sem fins lucrativos que recebe recursos públicos do governo do estado de São Paulo e de empresas privadas, através de propagandas, apoios culturais e doações de grandes corporações.

A internet é outro meio de fundamental importância para a divulgação do jornalismo cultural. Existem diversos sites sobre o assunto como o http://www.brasilcultura.com.br e o próprio site do ministério da cultura. Na área do artesanato, que será o nosso enfoque para a reportagem, existem diversas páginas na internet que falam sobre o assunto, e melhor, são sites participativos: o internauta pode acessar para aprender a fazer artesanatos, através de vídeos e fotos e/ou pode mandar sua contribuição. É o caso do site http://www.artesanatonarede.com.br e do http://www.feitoamao.net/.

PERSONAGENS

No Brasil, alguns dos maiores expoentes profissionais em jornalismo cultural são Oscar Araripe, Arnaldo Bloch, Ziraldo, Regina Zappa, Jamari França, Daniel Piza, Ana Maria Bahiana, Bianca Ramoneda, Marcelo Tas, Ricardo Feltrin, Ana Paula Sousa, Luiz Carlos Merten e Gisele Kato.

Marcelo Tas, atualmente apresentador do humorístico CQC, na BAND, possui um blog, o http://marcelotas.blog.uol.com.br, com o qual já ganhou prêmios nacionais importantes, como o IBEST e o Comunique-se.

Uma função específica do jornalismo cultural é o crítico, que escreve análises e comentários sobre determinada obra ou artista. Geralmente, o crítico se especializa em determinada arte ou estilo (passa a ser especialista dentro de uma especialidade) e procura ter sólida formação teórica (ou acadêmica) para embasar suas opiniões.

O texto da crítica é normalmente subjetivo, mas com embasamento. Pela informação técnica que o crítico coloca em suas matérias, o leitor terá mais dados para fazer a sua própria avaliação. No jornal Diário da Amazônia, temos que dar destaque ao colunista ‘Zé Katraca’ um crítico ferrenho que usa seu espaço no veículo de comunicação para mostrar em que pé está parte da cultura de Rondônia.

CARACTERÍSTICAS

As pautas do jornalismo cultural incluem toda a área cultural: literatura, música, artes plásticas, teatro, televisão e a cobertura de eventos (festivais, exposições, vernissages), as instituições que geram produtos e fatos (produtoras de cinema, estúdios, galerias, museus, bibliotecas, teatros, gravadoras), as políticas públicas para a área (secretarias e ministérios da Cultura e da Educação) e o dia-a-dia do setor.

Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes do jornalismo cultural são divididas:

Protagonistas
Artistas, produtores culturais, curadores, empresários, ou seja, pessoas que são referência no assunto.


Autoridades
Secretários de cultura, funcionários públicos, diretores de fundações, museus e bibliotecas.


Especialistas
Críticos, teóricos, historiadores de Arte.


Usuários
o público.

HISTÓRIA

No Brasil, os primeiros relatos de jornalismo cultural surgiram com os cadernos dos jornais impressos. É o caso do Jornal do Brasil (Caderno B), da Folha de São Paulo (Folha Ilustrada), de O Estado de São Paulo (Caderno 2) e de O Globo (Segundo Caderno). Outros publicam um caderno semanal, como os diários econômicos Gazeta Mercantil, Valor Econômico e o Jornal do Commercio.

Em Porto Velho, jornais como o Diário da Amazônia e Estadão do Norte, possuem cadernos de cultura em que tratam de exposições, mostras, feiras e outros tipos de eventos que estejam ocorrendo na cidade

CONCEITO

Jornalismo Especializado surge no contexto da sociedade da informação: muita informação, acessível a todos e o consumidor dessa informação passa, então, a ter que escolher o que vai ler, já que ler tudo se torna inviável. Esse conceito de J.E tem sua principal importância no fato de personalizar a informação que, antes, era feita para a massa, nivelando, igualando, mediando o público alvo. Na televisão, a TV a cabo ganha mais adeptos a cada dia, os jornais impressos incluem em suas edições cadernos específicos, sem falar da internet e das revistas, o principal foco do J.E.

O jornalismo especializado abrange áreas diversas entre elas o jornalismo cultural, uma especialização do jornalismo ligado aos fatos relacionados à cultura local, nacional, ou internacional. O Jornalismo cultural abrange o cinema, teatro, música, entre outros temas, incluindo o artesanato.

A DIFÍCIL COBERTURA RADIOFÔNICA DO FUTEBOL DO PASSADO EM RONDÔNIA

Após algumas discussões, resolvemos abordar na reportagem especial, na segunda parte do trabalho, como era feita a cobertura radiofônica do futebol na imprensa da capital no passado.

Começamos o trabalho elaborando uma lista de radialistas para colher depoimentos com imagens. Valter Santos Barbosa, Bosco Gouveia, José Ribamar, Elvestre Jonhson, Júlio Aires, Lenilson Guedes, Antônio Pessoa, Carlos Neves, Carlos Souza, Orivaldo Canosa, Águido Melo, Ivan Gonzaga, Orivaldo Canosa, José Agusto, Francisco Santana, Francisco Coelho, Lucivaldo Souza, Euzébio, Carlos Neves, João Tavares, João Dalmo, Rômulo Ruiz, Beni Andrade, Enéas Martins, Pinheiro de Lima, Everton Leoni, Gilson de Oliveira, Valmir Miranda, Dalton di Franco, Augusto José, Volnei Alonso, Miguel Silva e Fernando José são alguns dos integrantes de equipes de radialistas que fizeram a história nas transmissões esportivas na Capital de Rondônia.

O principal foco a ser abordado recai sobre as dificuldades de fazer coberturas esportivas em um período no qual a tecnologia ainda era muito precária.

Essas coberturas eram feitas com muito esforço por profissionais que trabalhavam mais por prazer do que por dinheiro. As improvisações para coberturas em outros municípios ou fora do Estado eram verdadeiras aventuras.

Não delimitamos o número de entrevistados. As entrevistas foram realizadas, no entanto, apenas dentro do prazo limite para entrega do trabalho, ou seja, 20 de novembro de 2009. Como o tema é palpitante e ainda há muitos profissionais que merecem ser ouvidos e têm informações novas a passar, pensamos em ampliar a reportagem para um trabalho futuro com maior disponibilidade de tempo.

Outro objetivo do trabalho é mostrar para a atual e futura gerações como era feita a cobertura do esporte especializado nas rádios locais. Em um determinado período, a Caiari passa a ser a única emissora em atividade, por isso a rádio é citada na maioria dos episódios.


Locutores levando choques elétricos dos microfones, repórteres de campo carregando gravadores enormes e pesados durante as transmissões ao vivo. Essas são algumas situações ocorridas em Porto Velho no passado nas coberturas de futebol. Em meio a tanto sufoco, prevaleceram o amor à profissão e à vontade de fazer um trabalho bem feito com tantas adversidades. Para o radialista Evestre Johnson, de 70 anos, que foi escolhido por Pelé para fazer a primeira pergunta de uma coletiva antes de a seleção brasileira seguir para o México e conquistar o tricampeonato mundial em 1970, “tudo valeu a pena.”

Há 31 anos, precisamente em 1º de oububro de 1978, Bosco Gouveia chegava de Pernambuco e começava sua carreira como locutor esportivo em Rondônia. As dificuldades para as coberturas esportivas, de acordo com Bosco, eram tantas que não dava tempo de reclamar. “Locutores, repórteres de pista, comentarista... toda equipe se juntava aos técnicos em busca de soluções que o momento exigia.”

Entre os muitos problemas enfrentados por Bosco estão casos pitorescos. Durante a transmissão de um jogo (ele não se recorda qual) levou um choque na boca, ao encostar os lábios em um microfone de metal e deu um grito instintivo e desesperado. Foi obrigado a explicar o ocorrido no ar, segundo ele, pensando até mais em tranquilizar sua família que escutava a partida em casa do que fazer uma justificativa ao público.

Bosco diz que esses choques eram normais. Os microfones eram de metal e se transformavam em perigo maior quando molhados. A regra, segundo narrador, era mantê-los afastados da boca. “Levava constantes choques, mas suportava calado. No “dia do grito” a dor foi intensa, não deu para segurar a barra”, diz Bosco, hoje achando graça de tudo isso.

Bosco recorda que as antigas coberturas esportivas eram feitas pelo sistema de “chaveamento”. O locutor para conversar com o plantonista e o técnico no estúdio teria que mudar de posição a chave de um aparelho esquisito e muito pesado. Para ter o controle do áudio novamente teria que retornar a chave à posição original. Era uma inovação, mas nem sempre dava certo.

O radialista diz que, em várias ocasições, narrou trechos de partidas de futebol sem eles irem para o ar. “Eu simplesmente esquecia de voltar a chave e o comando de voz ficava nos estúdios. Quando percebia a falha, já haviam passados alguns minutos. Eu dava sempre uma desculpa. A predileta era colocar a culpa na Embratel. Aproveitava para enaltecer o trabalho da equipe da rádio, detalhando as dificuldades de uma cobertura esportiva.”

Esse problema, de acordo com Gouveia, era mais sentido nas coberturas fora do Estado. Na Capital ele ligava um rádio de pilha e sabia quando sua voz estava no ar ou fora, se fosse o caso Em outras cidades, como não existia ainda celular e era inpossível captar as ondas pelo radinho, o pessoal do estúdio não conseguia manter contato. “O plantonista ficava enrolando até reestabelecer o contato quando eu ou alguém percebia o posicionando errado da chave.”
Outra dificuldade destacada por Bosco era o retorno de voz, que poderia durar até 20 segundos. Para não dar um intervalo muito grande, eu antecipava quando percebia que a mensagem vinda do estúdio estava sendo finalizada. “Às vezes acabava atropelando o locutor do estúdio e nós dois falávamos ao mesmo tempo.”

Ferando José, o Pinguilite, famoso nos meios esportivos por contar “causos” das transmissões esportivas, teve um papel importante nas décadas de 1970 e 1980. Ele produzia efeitos especiais com a própria voz, criando “ecos” e outros sonoridades clássicas no futebol até hoje. Essas tarefas atualmente são facilmente realizadas no computador, mas na época era uma façanha, uma união de boa voz, talento e muita criatividade. “O incrível é que Pinguilite fazia isso ao vivo durante as transmissões”, diz Bosco

Cabos e fios encobriam os gramados

Valter Santos Barbosa, de 69 anos, começou a carreira de radialista carregando fios, nas transmissões da Rádio Difusora do Guaporé, em 1965. De acordo com Valter, muitos grandes profissionais no Brasil começaram assim. Carregar fios, segundo ele, dava muitos empregos e era uma forma, para quem tinha talento, de iniciar na profissão, Valter que é considerado o maior zagueiro do futebol rondoniense de todos os tempos, aliou as profissões de jogador de futebol e radialista. Sobre o emaranhado de fios nos grandes jogos, Valter, que atuou também como zagueiro no Nacional de Manaus, tem uma visão saudosista. Ele acha que os repórteres de pista realizavam um verdadeiro balé. “Vendo do alto, a correria dos repórteres e dos carregadores de fios era um espetáculo à parte.”

Padre traz equipamentos da Itália

O radialista Lucivaldo Souza, com 38 de experiência na área, entende que os problemas técnicos até a década de 1980, em sua maioria, eram agravados por falta de pessoal especializado em assistência nesta área. De acordo com ele, os serviços eram feitos por amadores que ele chama de “curiosos.”

Para Lucivaldo, Francisco Alves Monteiro, o Abemur, era o grande nome da técnica na época, mas aprendeu tudo durante as transmissões, “fazendo testes atrás de testes para descobrir aonde estava o problema.” O radilista, que já atuou como comentarista e locutor esportivo da Caiari, diz que os equipamentos da emissoria eram considerados de boa qualidade para a época, há mais de 45 anos. Foram importados da Itália pelo padre Vitor Hugo, ex-diretor da rádio.

Francisco Coelho, que autou como repórter de pista na rádio Caiari, no final da déca da 1980, uma época já com mais recursos técnicos para transmissão de futebol, diz que enfrentou dois problemas singulares quando cobria futebol: insegurança e falta de dinheiro. Coelho conta que um torcedor, durante uma cobertura, invadiu a área restrira à imprensa e demais envolvidos na cobertura para tirar satisfações com ele. Pior: de ordem pessoal. O repórter diz ainda que era funcionário da emissora e não ganhava extra para cobrir futebol nem nos feriados e nos finais de semana.

Problemas direto do Paraguai

A falta de estrutura para realização de grandes coberturas esportivas, levou o ex- governador Coronel Guedes a desacreditar que uma equipe de rádio local pudesse fazer a cobertura de Brasil e Paraguai, válido pelas Eliminatórias da Copa de 1978, em Assunção, capital paraguaia.

Quem não tinha dúvidas sobre a viabilidade da cobertura era o então chefe da equipe de esportes da rádio Caiari, Ivan Gonzaga. “O homem” (o governador) “estava irredutível em patrocionar nossa equipe. Ele não acreditava que a transmissão seria possível. Afinal, bancar um projeto não executado seria um prato cheio para os adversários políticos,” relembra Ivan, que, depois de muito inisistir, conseguiu que Guedes, um apaixonado por futebol, bancasse as passagens aéreas.

No dia do jogo, recorda Ivan, a Rede Globo que começava as transmissões em cima da hora já mandava imagens ao vivo do Paraguai. “Comecei a ficar preocupado porque não tinha, até àquele momento, contato algum com os repórteres. Telefonei para o diretor da Embratel e cobrei soluções.”

“ Neste interim” - continua Ivan - “o governador me ligou apavorado, pois a rádio não estava transmitindo o jogo. Naquele exato instante, com o “coronel” ainda na linha, a equipe da técnica conseguiu contato com Assunção e a transmissão foi iniciada. Então, relaxado, eu respondi ao governador que deveria ter algum problema com rádio dele porque a transmissão já havia começado e com boa qualidade de som.”

Encontro com o Rei Pelé

O radialista Elvestre Johnson, 70 anos, trabalhou em transmissões esportivas até 1968 na chamada Baixa da União em Porto Velho, onde hoje é área do 5º BEC. Na região ocorriam torneios envolvendo times dos bairros Triângulo, Areal e Caiari, de onde eram revelados craques para os principais times da época.

A cobertura das partidas da então rádio Difusora do Guaporé, segundo Johnson, era feita por fio telefônico, que era puxado a partir da rádio - um galpão na avenida Farquar, onde funcionava a residência dos ingleses e havia também um clube de danças.

O polivalente Elvestre, que era comentarista e fazia também as reportagens, andava com um gravador de 20 centímetros e muito pesado, segundo afirma. Ele gravava as reportagens com os jogadores e levava em seguida o aparelho para próximo do único microfone acoplado ao fio telefônico, de onde partiam todas as vozes da transmissão. Qualquer problema na Radional, hoje Embratel, a transmissão era suspensa. Johnson lembra que, mesmo debaixo de chuva, a transmissão era mantida. Um guarda-chuva era usado mais para proteger o microfone do que o locutor.

Em maio de 1970, Jonhson conta que viveu a maior emoção de sua vida, quando a Seleção Brasileira, que se tornou tricampeã, fez a última preparação no Brasil - em Manaus - antes de seguir para o México. Titulares e reservas do Brasil formaram dois times e enfrentaram dois combinados amazonenses. As equipes A e B do Brasil golearam por 4 a zero e 5 a zero, respectivamente.

Logo após a partida, todos os repórteres de campo correram em direção a Pelé. O tumulto foi grande. Pelé pediu calma e apontou a para Johson, dizendo: “Você faz a primeira pergunta.” Jonhson quis saber do rei do futebol o que ele sentia em estar atuando na Região Norte. Pelé, ligeiro como sempre, respondeu: “O nome disso é integração.” Pergunta e resposta percorreram o mundo.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Nossas fundamentações, até o momento, se baseiam nas seguintes obras
COELHO, Paulo Vinícius – Jornalismo Esportivo – São Paulo – Contexto. 2003
DAOLIO, Jocimar – Futebol, Cultura e Sociedade – Rio de Janeiro – Autores Associados. 2005
VIANA, Eduardo – O Poder no Esporte – Rio de Janeiro – Sprint. 1994
Barbeiro, Herodoto – O Manual do Jornalismo Esportivo – São Paulo - Con texto. 2003
STYCER, MAURICIO - História do Lance! – São Paulo - ALAMEDA - 2009

Outras fontes


http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/viewArticle/198/1337
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo_esportivo


LINGUAGEM

No jornalismo esportivo a objetividade é fundamental dentro de uma linguagem coloquial que todos os públicos entenda, uma vez que a mensagem até chegando a todas as camadas sociais. A linguagem não deve ser rebuscada, pois está intimamente ligada à parcialidade do autor, uma coisa imperdoável no jornalismo esportivo. A produção do texto desta especificidade pode ser criativo, mas sem abusos que podem dar um tom amador ou descompromissado com o trabalho.

Entendendo-se que a função do jornalista, em todas as áreas, mesmo com maior liberdade na área esportiva, é informar. A linguagem simples e objetiva, assim como a clareza de idéias e de proposta, destaca-se em detrimento dos brios do profissional por trás da notícia – a princípio tentado em fazer de sua escrita um meio de auto-afirmação. O contato entre o ideal de expressão, proveniente da visão externa do jornalista sobre a área, e suas reais possibilidades, entretanto, marcam um ritual simbólico em que o profissional deixa de fazer parte do universo externo para estar introduzido no contexto do setor, no caso a cobertura esportiva.

É este o ponto em que são deixados de lado as expressões pessoais – exceto no âmbito de artigos e crônicas – e o desejo deslumbrado do uso da comunicação como resolução para as questões que aborda – a antiga taxação simplista entre "certo" e "errado". A face do jornalismo esportivo observada socialmente difere-se em muito da realidade interna, porque, de fato, a informação produzida sempre vai estar ligada aos interesses e possibilidades de seu público. Pelo menos esta é a meta .

PRINCIPAIS VEÍCULOS

Os principais veículos (jornais e revistas) dedicados ao tema são os jornais Lance! e Jornal dos Sports, além das revistas Placar e Trivela. A TV Bandeirantes foi, nas décadas de 1980 e 1990, especializada em esportes, utilizando o slogan "o canal do esporte". Na TV por assinatura, existem ainda o Sportv (canal Globosat), a ESPN e a ESPN Brasil, além do Bandsports (do grupo Bandeirantes).

Mulheres na área

O Jornalismo Esportivo no Brasil ainda é uma especialização exercida principalmente por homens, mas o número de mulheres vem crescendo. Nomes como Paula Sack, Cristina Lyra, Mylena Ciribelli, Milly Lacombe , Renata Cordeiro, Débora de Oliveira, Eduarda Streb, Viviane Ribeiro, Renata Fan e Soninha.

JORNALISTAS REFERÊNCIAS

Alguns dos maiores expoentes profissionais brasileiros em Jornalismo Esportivo (entre jornalistas, colunistas , locutores e pesquisdores) são: Juca Kfouri, Fernando Calazans, Jorge Guimarães, Pedro Ernesto Dernadin , Nando Gross, Lucas Pereira, Fabiano Baldasso, professor Ruy Carlos Ostermann, Lauro Quadros, David Coimbra, Antônio Maria, Antero Greco e Alberto Helena Júnior (impresso). José Carlos Araújo, Eraldo Leite, Osmar Santos, Oduvaldo Cozzi, Orlando Baptista, Luciano Andrade, Luis Mendes, Luiz Penido e Washington Rodrigues (rádio).

São destaques ainda Luciano do Valle, Fernando Vanucci, George Guilherme, Léo Batista, José Italiano, Jorge Kajuru, José Trajano, João Pedro Paes Leme, Mylena Ciribelli, Marcos Uchôa, Milton Neves, Mauro Cezar Pereira, Sergio Mauricio, Régis Rösing, João Guilherme, Tino Marcos, Mario Filho Tadeu Schmidt, Leroy Ackermann, Fernando Kallás, Luís Nachbin, Paulo Vinícius Coelho , Paulo Calçade , Betho Lima (direção de programas), Patrícia Rangel (pesquisadora).

Entre os já falecidos, houve João Saldanha, Pedro Carneiro Pereira, Cândido Norberto, Fiori Gigliotti e Mário Filho.

CARACTERÍSTICAS

Paixão

Paixão é a principal característica no jornalismo esportivo. O jornalista esportivo tem que saber trabalhar situações, pois leva informações para um público que gosta de forma cega do clube do coração e pelo qual enfrenta qualquer tipo de obstáculo em defesa de suas cores. Os casos de agressões contra jornalistas esportivos ilustram bem essa característica.

Discussão acalorada

A paixão leva a outra característica bem típica do jornalismo esportivo: a discussão acalorada entre comentaristas. Recentemente, em programa esportivo da ESPN Brasil, os comentaristas esportivos Paulo Vinicius Coelho tiveram uma discussão que quase chega à agressão física por um não concordava com a opinião do outro.

Outras Características

Em o Manual do jornalismo esportivo, Herodoto Barbeiro diz que o jornalismo esportivo é repleto de características específicas. Para o escritot além de apresentar algumas técnicas para fazê-lo, a jornalismo esportivo tem as leis desportivas, tem várias atividades e renova-se sempre o modelo de cobertura.

Pautas

As pautas do Jornalismo Esportivo incluem a cobertura de eventos (Jogos Olímpicos, Copas do Mundo, campeonatos, competições, treinos, contratações de jogadores e técnicos), as instituições que geram produtos e fatos (comitês olímpicos, federações esportivas, clubes, torcidas), as políticas públicas para a área (Ministério do Esporte, secretarias do Esporte, construções de estádios, quadras e áreas de lazer) e o dia-a-dia do setor.
No Brasil, o esporte que domina a esmagadora maioria das pautas em Jornalismo Esportivo é o futebol, . Em diversos jornais e revistas não-especializados em Esporte, há uma divisão entre o futebol e os demais esportes, agrupados todos sob a denominação genérica de "esportes amadores" (embora grande parte deles seja já profissionalizada).

Fontes

Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Esporte são divididas entre protagonistas (atletas, dirigentes de clubes e de entidades esportivas), autoridades (ministro, secretários, diretores de órgãos públicos), especialistas (médicos, fisioterapeutas, pesquisadores em esporte, profissionais de educação física) e usuários (torcedores).

Crônica esportiva

Uma função específica do Jornalismo Esportivo é o Cronista Esportivo, um jornalista especializado em narrar momentos e lances de um jogo ou competição sob a forma de crônica, um texto mais leve e literário. O principal cronista esportivo da história brasileira foi Nelson Rodrigues.

Introdução

Jornalistas envolvidos com clubes e dirigentes não são raros. Cobrir a área de jornalismo esportivo foi um convite para o desvio de conduta de muitos bons profissionais.
Thomaz Mazzoni, diretor de redação e colunista da Gazeta Esportiva, no início da carreira, ele tem uma atuação muito combativa contra o que chamava de “clubismo”.
Ele aponta, em 1930, problemas que ainda existem. Ele fala do sensacionalismo e dá o exemplo de um jornalista que falou oi para um jogador e, no dia seguinte, publicou uma entrevista com esse jogador, ou seja, inventou a matéria.

Ele fala também do bairrismo e diz que a imprensa é responsável por fomentar a rivalidade que acaba se refletindo nas brigas de torcidas e na briga entra os jogadores.
Mais a rivalidade exacerbada do que a violência. Há uma tendência a forçar os personagens do mundo esportivo a provocarem o adversário. Esses problemas, de alguma maneira, vão prosseguir até hoje, com novas faces.

Na década de 1970, João Saldanha denuncia corrupção entre os jornalistas. Ele fala, claramente, que há jornalistas que recebem dinheiro de dirigentes esportivos.
Saldanha relata que, ao voltar ao jornalismo depois de ter sido técnico da seleção, recebeu oferta de suborno para tentar influenciar na escolha de uma cidade para sediar um jogo da seleção brasileira.

Na década de 1990 com esses mesmos problemas ligados à grande confusão que reinava no futebol, com a mistura de negócios, mídia e publicidade.

O jornalista Juca Kfouri é um dos que vai dar visibilidade a um caso emblemático da década: a história de uma equipe de jornalistas que tinha de alguma maneira negócios na compra e venda de jogadores. A cobertura de determinados jogos e jogadores tinha mais destaque que outros em função dos interesses dos jornalistas.

O futebol surge no Brasil no final do século XIX, trazido por filhos de imigrantes ingleses. Em 1900, já há uma imprensa reportando esse esporte da elite. Nos primeiros dez, 15 anos do jornalismo esportivo temos uma imprensa de elite tratando de um esporte de elite.

O futebol, desde a origem, tem um apelo popular muito forte. A grande questão da época era: pobre e analfabeto podem receber para jogar futebol? A imprensa faz coro contra a participação do “povo”no futebol.

Num segundo momento, surge a questão dos imigrantes no futebol, com o Palmeiras, em São Paulo, e o Vasco, no Rio. A imprensa não reclama abertamente do fato dos times serem formados por imigrantes, mas surge, claramente, um preconceito novo contre esses times bem sucedidos.

Na década de 1930 surgem o Jornal dos Sports e a Gazeta Esportiva. A essa altura, o futebol já é super popular. Os dois estabelecem uma relação muito forte com o torcedor e serão os dois principais jornais esportivos do país por mais de 50 anos.

Mário Filho comprou o Jornal dos Sports com a ajuda de três sócios: Roberto Marinho e os presidentes do Flamengo e do Fluminense. E nunca se questionou a isenção do jornal.

Tanto a Gazeta Esportiva quanto o Jornal dos Sportes se baseavam, principalmente, na relação com o torcedor. Eles criam campeonatos, inventam apelidos para jogadores, times e clássicos.Toda a mitologia em torno do futebol é gerada na imprensa esportiva já na década de 1930.

O esporte mexe basicamente com a emoção e o jornalismo esportivo acompanha isso. No entendimento do escritor e jornalista Maurício Stycer, o jornalista esportivo não consegue, racionalmente, convencer o torcedor do Santos de que o Santos jogou pior que o Corinthians
No jornalismo esportivo, avalia o escritor, as fontes são menos qualificadas que em outras áreas do jornalismo. A facilidade de manipular informações é muito maior.

Apesar de o futebol ter virado um negócio importante, que movimenta muito dinheiro, as fontes que alimentam isso não são tão sérias quanto as que atuam no jornalismo econômico, por exemplo.

Para Stycer, o jornalismo esportivo é a porta de entrada de um grande número de jovens no mercado de trabalho, 90% deles homens.

É uma área observa Stycer na qual os profissionais, na média, ganham menos, e que raramente são promovidos para cargos de chefia e direção em outras seções do jornal. Eu o descrevo como um sub-campo do jornalismo de menor prestígio.

No Jornalismo Esportivo, pelo menos duas grandes coberturas de nível mundial se alternam a cada quatro anos: a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A primeira é o maior evento de futebol do planeta, sediado em um país de cada vez, e acontece nos anos pares com final não-divisível por 4 (90, 94, 98...).

Já as olimpíadas ocorrem nos anos terminados em múltiplos de 4 (88, 92, 96), sediadas em uma única cidade. Durante estes eventos, a imprensa de inúmeros países do mundo envia repórteres e correspondentes para cobrir o desempenho de seus atletas e dos adversários.

No entanto, a concentração de jornalistas esportivos numa olimpíada é muito maior do que numa Copa do Mundo, já que os profissionais estão em uma só cidade e há muito mais países participantes. Por isso, as coberturas de Jogos Olímpicos exigem grande estrutura e recursos, tanto para a cidade-sede das competições quanto para as empresas jornalísticas.

No Brasil, a esmagadora maioria do espaço no Jornalismo Esportivo é preenchida por matérias sobre futebol, o esporte mais popular no país. O restante é dedicado aos chamados Esportes Amadores, ainda que constem entre eles o vôlei e o basquete, que já são bastante profissionalizados.

RESUMO

Jornalismo esportivo deu origem ao jornalismo especializado, ao narrar e descrever opiniões a respeito de uma partida de futebol com jornalistas que entendem do assunto para um público que também entende.

O cronista esportivo, muitas vezes, pode acrescentar a um evento real, imagens e conceitos que modifiquem ou comparem o ambiente e os indivíduos a relatos quase mitológicos.
Nelson Rodrigues, por exemplo, definiu o jogador Garrincha como o “Gênio das Pernas Tortas”. Na Crônica esportiva já se tornou clichê o seguinte termo : “Maracanã – O templo sagrado do futebol”.

Sabemos que ninguém vai ao maracanã para rezar sob algo intocável e santificado, mas a crônica esportiva por sua vez, criou mitos sobre os grandes jogadores de futebol e sobre o Maracanã, estádio em que se cultua e se assiste os grandes espetáculos esportivos.

A crônica começou a ganhar força no Brasil no início do século XX, e o jornalista Mário Filho desenvolveu uma nova forma de descrever o futebol para os torcedores, utilizando títulos criativos, adjetivos e metáforas que construíam um novo imaginário sobre o esporte que viria a ser valorizado e utilizado por vários jornalistas.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DELÍRIOS MUSICAIS DA "PEQUENA AUGUSTA"

Quem lê o titulo desta reportagem pode pensar que irei escrever sobre alguma banda de rock, mas irei falar nada mais nada menos do que a tão ‘popular’ “Calçada da Fama” (mas gostei da idéia de nome pra banda, me pareceu sonoramente agradável), ou seja, a Avenida Pinheiro Machado, mais precisamente entre as ruas Presidente Dutra e Gonçalves Dias.

Mas você deve estar pensando “que diabos tem haver essa pequena Augusta com isso?”, calma, não criemos pânico! Tudo isso se iniciou em um fim de tarde, no famoso happy hour com amigos.

Sentados em um dos bares que residem ali, olhando o movimento passar e apreciando uma cervejinha gelada em meio ao calor insano de nossa região, eu e uma amiga, conversávamos sobre o incrível movimento dos bares em pleno domingo. Foi então começamos a relembrar as nossas vidas longe daqui, ela em São Paulo e eu em Curitiba, e lamentamos durante horas por não termos mais tantas opções de bares ou baladas para freqüentar. E foi em meio a todo este lamento que surgiu o nome da famosa Rua Augusta, que se localiza em São Paulo, conhecida por sua incrível diversidade de bares, música, pessoas, e porque não relatar também, por suas ‘putas’. Foi então que ela disse “essa é nossa pequena Augusta”.

Sim, para aqueles que aqui vivem, quando o assunto é ‘balada’, a Avenida Pinheiro Machado é a opção que encontram, é onde a maioria dos bares da cidade se localiza e as pessoas ‘descoladas’ freqüentam. De segunda a segunda você poderá encontrar ao menos um destes bares abertos, e a cada dia um estilo musical diferente. Foi ali, em uma noite qualquer que decidi me aventurar e observar o que realmente acontece naquele lugar.

Primeiramente, procurei um local estratégico, onde poderia ver o que se passava nas duas principais quadras daquela avenida. Sentei em um dos bares onde poderia curtir um som e não pagar couver (que fique claro que não tenho nada contra em pagar couver, afinal é o meio que o artista tem para ganhar uns trocados na noite, mas os valores estão cada vez mais altos, e sei que todo aquele dinheiro arrecadado não vai pro musico).

Cerveja gelada, preço razoável, e cigarro caríssimo, foi quando decidi comprar cigarros que surgiu o primeiro questionamento da noite, se em muitas cidades a Lei que penaliza quem fuma ou permite fumantes em locais fechados já está em vigor, isso faria com que os fumantes consumissem menos cigarros na noite, o que possivelmente faria as vendas do mesmo diminuir, pois sei que fumantes consomem mais cigarros quando estão bebendo, então porque as indústrias do tabaco teimam em subir absurdamente seus preços? Ainda não encontrei uma resposta, mas o questionamento martela em minha mente sempre que vou comprar o maldito cigarro.

Mas voltando ao bar. É incrível como você não repara nas coisas que estão ao seu redor quando é mais um na multidão. Se parar para prestar a atenção nos fatos e não nos gatos, você percebe que aquele lugar deveria se chamar “Passarela dos Desesperados por Atenção”, e a primeira coisa que identifiquei foi o ridículo desfile automobilístico que trava todo o trânsito da Presidente Dutra. Se antes os jovens colocavam películas negras no vidro dos carros, hoje eles querem toda a transparência possível, para que as moças disponíveis os vejam desfilar no carrão do papai. Pois alguns que ali passam, nem idade para dirigir deve ter.

Com o trânsito parado e caótico, as buzinas e o aglomerado de som começam. É funk, sertanejo, hip hop, brega, enfim, uma variedade musical infinita e inaudível. O que para mim parecia ser uma possível noite de diversão começou a se transformar em um pequeno inferno sonoro. E nessa hora eu dei graças a Deus por não pagar couver, pois quem precisa dele quando na rua os famosos ‘playboys’ param seus carros com sons de ultima geração pra tocar musicas em volume ensurdecedor e proibido pela polícia ambiental (que por acaso, passa ali de vez em quando, mas ao invés de enquadrar tais pessoas de gosto musicais duvidosos, prefere enquadrar os pobres músicos que estão tentando ganhar o pão).

Minha cabeça já doía e eu mal podia ouvir meus pensamentos ou o que meus amigos falavam, tínhamos de gritar uns com os outros para poder simplesmente conversar. Voltei à atenção novamente para a rua, da qual o transito não fluía e as pessoas desfilavam de um lado para o outro, principalmente as meninas, encima de seus sapatos de marca, trajando roupas cada vez menores, por um segundo passou pela minha cabeça a imagem de um açougue, onde pedaços de carne eram expostos esperando serem escolhidos e levados para casa. Foi quando uma amiga me tirou do transe para comentar o quão ridículo as pessoas eram e da falta de bom senso, para ver uma moça usando uma calça tão justa que para entrar nela eu teria de me besuntar em óleo, sem contar a blusa colada que marcava as gordurinhas a mais que lhe pulavam da tal 'calça'.

Foi então que meu senso crítico de moda entrou em ação, depois de algumas cervejas eu me acho a Gloria Kalil e fico observando o visual de todos que passam, como uma revista de certo e errado. Eu não sou ninguém para julgar alguém, mas acho um ótimo passatempo, tendo em vista que sei que as pessoas falam de mim e me tacham de ‘bonequinha esquisitinha’ por ai, me sinto a pessoa mais normal do mundo quando passo a analisar outras, no maximo estou na cidade errada. Quanto ao comentário acima sobre a gordurinha da moça, não é questão de peso, é questão de servir na roupa, e mesmo assim, é incrível saber que no final da noite possivelmente ela sairá acompanhada e eu não.

Isso me faz perceber o quão parecida é a Pequena Augusta com a Rua Augusta, pois temos a diversidade de bares, cada um com sua temática e preços diferentes; a variedade sonora (inclusive nos bares, pois em cada um deles você pode ouvir um som diferente, o que te faz, no final das contas não ouvir nada) e a mistura social, pois ali você encontra desde playboys aos famosos ‘manos’. Só não posso dizer que temos as famosas ‘putas’, pois as verdadeiras profissionais do ramo se encontram em outro local da cidade, mas há as que agem como tal e não cobram nada por seus serviços, basta ter carro que você leva. Não é mais divertido do que o bairro da Luz Vermelha?

Depois de uma hora sentada ali eu já estava de saco cheio, já colecionávamos garrafas de cerveja, e mesmo com o pouco de dinheiro que restava em nossas carteiras, poderíamos encarar o pub mais badalado de toda Porto Velho, que por acaso não se localiza na “Calçada da Fama”.

PRINCIPAIS MEIOS

A linguagem Gonzo pode ser utilizada de revistas ao cinema. No Brasil as revistas que utilizam esta linguagem são: Rolling Stones, Trip e até mesmo muitos artigos da revista Piauí. No Brasil, este estilo ainda não foi muito difundido e é visto como marginal por estar ligado às drogas, porém não é necessário ser usuário de drogas para escrever gonzo, e sim ter talento e estar atento aos acontecimentos ao seu redor. Uma outra forma de se fazer jornalismo gonzo são os blogs, onde muitos jornalistas transmitem suas vivencias e assim transmitindo uma informação de interesse publico. Na televisão pode-se dizer que o programa CQC – Custe o Que Custar – da emissora Bandeirantes, é um programa na linha Gonzo, pois mistura jornalismo com humor e sarcasmo.

PERSONAGENS

Sem dúvida alguma Hunter S. Thompson é o principal autor Gonzo, conhecido também como o pai deste estilo jornalístico, escreveu em veículos de comunicação importante nos Estados Unidos. Cobriu um dos maiores eventos Americano, as eleições presidenciais de Nixon. Teve diversos livros publicados, entre eles Medo e Delírio em Las Vegas que virou filme em 1996. Apesar de não ser muito popular no Brasil, este estilo de jornalismo vem se destacando cada vez mais nos cursos de jornalismo.
Segundo Gustavo Abdel Masih em sua dissertação, afirma que Arthur Veríssimo é o único jornalista gonzo no Brasil. Veríssimo não é apenas um jornalista, mas um notável jornalista Gonzo, de acordo com pesquisas no meio acadêmico brasileiro, ele seria o único que escreve nesta linha. Hoje, há alguns nomes pouco conhecidos que praticam jornalismo gonzo utilizando nomes fictícios, pois infelizmente, este estilo é marginalizado e o Gonzo acabou sendo ligado às drogas, bebedeiras e sexo, pelo estilo de vida que Hunter S. Thompson vivia, mas nada tem haver com “vida loca” e sim com talento e perspicácia. O jornalista tem que viver o evento e saber relatá-lo aos leitores de maneira que os prendam do começo ao fim. O jornalismo gonzo não deve ser visto como bastardo e sim como o inicio de uma nova era jornalística mais pura, mais verdadeira e mais humana.

LINGUAGEM

O texto Gonzo é reconhecido por ser em primeira pessoa com a interferência constante do narrador, ou seja, o jornalista. O sarcasmo é primordial para se produzir uma boa reportagem, e a imparcialidade é nítida. A mistura da ficção com a realidade também é uma das marcas do gonzo, mas nunca a ficção será maior do que a realidade.
É importante deixar claro que o gonzo utiliza da literatura para focar o repórter, pois ele é a informação principal e a partir dele que o leitor irá imaginar e sentir o que o mesmo pretende passar em seu texto.

SAÚDE E BELEZA DAS UNHAS

Você sabia que no Brasil o numero de mulheres no país é como se fosse de 98 homens para cada grupo de 100 mulheres? E é por este fato que resolvemos nos abranger no universo feminino, as mulheres são a maioria no publico das midias, se falando então na area de cosmeticos e embelezamento esse numero cresce ainda mais.
Para a maioria das mulheres se falar em beleza vem a mente uma série de fatores e neles envolve certamente o universo das unhas. O assunto nunca termina ainda mais quando descobrimos algumas coisas curiosas por exemplo como surgiu o habito de pintar as unhas, as doenças mais comuns e as mais complicadas que aderem nossa unha nos famosos saloes e clinicas de esteticas, e o que as crianças e homens pensam sobre o assunto já que a mulher ja esta acostumada com esse tipo de informação e habito.

Veja como tudo começou

O culto à beleza das unhas vem da antiguidade, as primeiras unhas pintadas surgiram provavelmente na China, por volta de 3 000 a.C. as cores do "esmalte" estavam relacionadas com a posição social do indivíduo, tanto o homem como a mulher. Durante a dinastia Chou, no século 7 a.C., apenas os membros da família real podiam usar uma pasta dourada ou prateada na unha - as cores reais mudariam mais tarde para vermelho e preto. Ao redor do ano 30 a.C., pintar as unhas era moda também entre os egípcios, que mergulhavam os dedos em tintura de hena, as mulheres das classes menos favorecidas só estavam autorizadas a pintar as unhas com tons claros, no reinado de Cleópatra, por exemplo, só ela podia usar vermelho para colorir sua unha e desobedecer à ordem dava punição severa - às vezes, até morte.

Os primeiros esmaltes eram feitos de uma mistura de goma arábica, cera de abelha, clara de ovo e gelatina, tudo começo com lacas derivadas de goma e resina natural, dissolvidas em óleo, de secagem lenta, após a evaporação a película absorvia a poeira e saía com facilidade, mais o mais parecido com o atual, foi criado na China no século III a. C. Depois foi a vez do vermelho e dos tons metálicos: os reis pintavam suas unhas como sinal de nobreza, sempre com as cores vermelha e preta que logo foram substituídas pelo dourado e prateado, ja no Império Romano passou-se a valorizar o polimento das unhas, que em geral era feito com materiais abrasivos.Hoje, o esmalte é uma variação da tinta usada em pintura de carros.

Doenças contagiosas

É muito comum que doenças nas unhas apareçam após um dia de princesa em casa, salões ou clinicas de estéticas, a causa disto? Aparelhagem mal esterilizada seria um dos problemas, fora o manuseio delas pelo profissional da área que em tais vezes exageram com famoso “cutucar os cantinhos”, é um, habito quase que corriqueiro das manicuras e pedicuras, em muitas vezes estes hábitos leva até a unhas encravadas e onicomicose, que é uma especie de fungo que instala nas unhas facil de pegar com estes tipos de aparelhos da area da estetica, distribuindo para as outras pessoas de forma contagiosa porem alguns tipos de doenças nas unhas podem ser evitados com simples atos como:

• não corte as unhas até o "sabugo", deixe sempre uma pequena porção da borda livre.
• não corte as unhas dos pés pelos cantos, isso evitará que elas encravem.
• não retire ou afaste as cutículas, elas protegem a matriz ungueal da ação de substâncias químicas e/ou microorganismos.
• evite usar endurecedores de unha, eles podem causar ressecamento e manchas.
• qualquer alteração como bordas desfolhando ou quebrando, manchas, descolamento ou espessamento da unha, procure um dermatologista para o correto diagnóstico e tratamento.

IMPORTANTE

• Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Homens: Os maiores solidários com nossos atos
Pesquisas revelam que mulheres se arrumam basicamente para outras mulheres, a percepção delas são realmente mais profundas e criticas nesse caso as unhas também não passam despercebidos, unhas bem feitas e compridas sinônimo de beleza unhas curtas mal feitas e encravadas, sinal de relaxamento e desleixo da mulher, será que os homens também notam isso? Apesar das críticas quanto às mulheres vaidosas, que demoram muito para se arrumar, que gastam tudo o que podem em futilidades, etc., ainda assim eles acreditam ser muito importantes para o relacionamento, elas sempre estarem cheirosas e bem arrumadas, essa opinião chega a ser quase unânime entre eles.
A nova geração
Crianças (a grande maioria meninas) que ainda nem chegaram à adolescência já tem o hábito de não saírem de casa sem passar um batom e o que fazer quando as crianças largam muito cedo as bonecas para se dedicar aos cuidados com a beleza, muitas mães se perguntam se é normal essa vaidade tão precoce e os especialistas afirmam que muitas vezes os pequenos são influenciados pela própria família a usar a roupa da moda, esmalte e até a fazer depilação. Sendo assim os ursos de pelúcia dividem espaço com a maquiagem e outros acessórios de beleza, e ainda há casos em que as meninas dão suas bonecas para abrir espaço aos produtos de beleza, enfim a vaidade tem começado cada vez mais cedo e muitas dessas meninas têm uma preocupação maior que muita gente grande.

A psicóloga Lúcia Marmulstejn ensina sobre como lidar com a vaidade cada vez mais precoce nas crianças, ela afirma que a vaidade moderada faz parte da construção da auto-estima, mas a situação é diferente quando a preocupação com a beleza extrapola e transforma a criança em uma miniadulta, o que gera uma disparidade social, emocional e cognitiva. “A criança pode pedir muitas coisas, não precisa ser maquiagem, pode até ser para dirigir o carro. Mas cabe aos pais impor limites, dizer sim ou não”, diz.

Hoje as crianças podem ser influenciadas logo cedo tanto pela mídia que podem ser prioriza o culto à beleza, quanto por mães muito vaidosas. Hoje em dia observam-se em salões de beleza meninas de dois, três aninhos, pintando as unhas e as mães achando isso o máximo, maravilhoso. Quanto ao esmalte as irritações e alergias podem se manifestar como coceira, vermelhidão e inchaço tanto em volta das unhas como em locais à distância, como pálpebras.

Com relação às mães, algumas acreditam que a mulher tem de ser feminina e tem por obrigação ser vaidosa, e esses hábitos, como fazer mão, pé, depilação, devem ser cultivados desde criança. Estímulos vindos não só das mães como também da televisão, da internet e das outras crianças, fazem com que as meninas adotem atitudes cada vez mais precoces na maneira de agir, de se vestir e de se preocupar com a aparência, o movimento começa com meninas de oito ou nove anos fazendo pé, mão e cabelo uma vez por semana, há não muito tempo elas iam ao salão e só limpavam as unhas, mas agora fazem francesinhas, usam esmaltes de cores fortes, unhas decoradas, enfim tudo que tem a se fazer de novidade.

Novidade no comercio das unhas

Uma simples cor de esmalte depois de uma hora de tratamento para deixá-las limpinhas e pronta para a finalização de personalidade nas cores já não é o suficiente para as mulheres modernas, a nova tendência no mercado vem crescendo com as famosas unhas artísticas, a rosa linda que você viu em um jardim, as listras de cores preferidas, os personagens de desenhos mais variados e até mesmo bandeiras de paises diversos vem sendo motivos para as demonstrações de personalidades da mulherada. Fato que as manicuras agradecem, pois uma simples unha cobrada com o preço normal em muitas vezes chegam a dobrar de preço. As mulheres felizes com estilo próprio e a profissional cada vez mais especializada e mais bem remunerada financeiramente.

JORNALISTA DE MODA

O Jornalista de Moda apareceu pela primeira vez em 2005, graças a idealização e algumas habilidades internáuticas de Suelen Oliveira. Além de uma ferramenta para praticar textos jornalísticos que se aprende na faculdade, o blog é também um lugar comum para se falar de assuntos de todos os interesses, até mesmo moda e comportamento, jornalistas em carreira solo, mostram a moda nacional e internacional para atualizar os aficcionados pelo fashion word.
Ser jornalista de Moda é mais do que narrar desfiles ou comentar roupas, é se dedicar a um mundo que alimenta o imaginário individualista do homem moderno. Esta é uma das áreas que mais movimenta capital, a Moda faz parte do cotidiano: é um fenômeno político, antropológico e, acima de tudo, social.

A história do jornalismo relata que as revistas dedicadas ao público feminino nasceram “sob o signo da literatura”, nos primeiros tempos de folhetins, quase todas eram gazetas literárias que prescreviam a moda, e entre a moda e literatura, a imprensa feminina brasileira era construída, muitas vezes nascidos por causa da moda em vestuário, os veículos femininos utilizaram-se do que era novo, que é fundamental no sistema da moda e que passou a contaminar todos os outros conteúdos publicitários a seu lado. A moda impulsiona a imprensa feminina e é por ela impulsionada.

Entretanto, a espécie “jornalismo de moda” é ainda considerada jovem, pois só recentemente foram criados prêmios, cursos de especialização e seminários de moda, apesar da maturidade na trajetória de revistas como Vogue, Harper’s Bazaar e Elle; é, ainda, recente a especialidade das revistas exclusivas de moda. A moda pode ser reportada em editorial, crônica, entrevista, matérias-perfis ou de desfiles, resenhas de livros e exposições, edições especiais, cadernos culturais e o texto de moda na imprensa contemporânea incorpora novas facetas, apesar de que, “convencionalmente”, é um relato sobre roupas e acessórios, e que também mistura em suas páginas conteúdos e editorias com material publicitário, por isso, a descrição no texto de moda busca atrair e impressionar o espectador, por muito tempo, isto é, seduzir especialmente a espectadora.

Atualmente, no entanto, é preciso destacar que não só a imprensa feminina dedica suas páginas à moda, como também com o tempo, a mídia impressa ampliou o leque de publicações que abarca a moda e assim, o homem passa a compor um novo público-alvo para os difusores da moda. A imprensa masculina exemplarmente lembrada por Playboy, Universo Masculino, Vogue Homem e Men’s Health adiciona fotografias de moda masculina, associando-a a um estilo de vida sofisticado.