sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CARACTERÍSTICAS

Paixão

Paixão é a principal característica no jornalismo esportivo. O jornalista esportivo tem que saber trabalhar situações, pois leva informações para um público que gosta de forma cega do clube do coração e pelo qual enfrenta qualquer tipo de obstáculo em defesa de suas cores. Os casos de agressões contra jornalistas esportivos ilustram bem essa característica.

Discussão acalorada

A paixão leva a outra característica bem típica do jornalismo esportivo: a discussão acalorada entre comentaristas. Recentemente, em programa esportivo da ESPN Brasil, os comentaristas esportivos Paulo Vinicius Coelho tiveram uma discussão que quase chega à agressão física por um não concordava com a opinião do outro.

Outras Características

Em o Manual do jornalismo esportivo, Herodoto Barbeiro diz que o jornalismo esportivo é repleto de características específicas. Para o escritot além de apresentar algumas técnicas para fazê-lo, a jornalismo esportivo tem as leis desportivas, tem várias atividades e renova-se sempre o modelo de cobertura.

Pautas

As pautas do Jornalismo Esportivo incluem a cobertura de eventos (Jogos Olímpicos, Copas do Mundo, campeonatos, competições, treinos, contratações de jogadores e técnicos), as instituições que geram produtos e fatos (comitês olímpicos, federações esportivas, clubes, torcidas), as políticas públicas para a área (Ministério do Esporte, secretarias do Esporte, construções de estádios, quadras e áreas de lazer) e o dia-a-dia do setor.
No Brasil, o esporte que domina a esmagadora maioria das pautas em Jornalismo Esportivo é o futebol, . Em diversos jornais e revistas não-especializados em Esporte, há uma divisão entre o futebol e os demais esportes, agrupados todos sob a denominação genérica de "esportes amadores" (embora grande parte deles seja já profissionalizada).

Fontes

Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Esporte são divididas entre protagonistas (atletas, dirigentes de clubes e de entidades esportivas), autoridades (ministro, secretários, diretores de órgãos públicos), especialistas (médicos, fisioterapeutas, pesquisadores em esporte, profissionais de educação física) e usuários (torcedores).

Crônica esportiva

Uma função específica do Jornalismo Esportivo é o Cronista Esportivo, um jornalista especializado em narrar momentos e lances de um jogo ou competição sob a forma de crônica, um texto mais leve e literário. O principal cronista esportivo da história brasileira foi Nelson Rodrigues.

Introdução

Jornalistas envolvidos com clubes e dirigentes não são raros. Cobrir a área de jornalismo esportivo foi um convite para o desvio de conduta de muitos bons profissionais.
Thomaz Mazzoni, diretor de redação e colunista da Gazeta Esportiva, no início da carreira, ele tem uma atuação muito combativa contra o que chamava de “clubismo”.
Ele aponta, em 1930, problemas que ainda existem. Ele fala do sensacionalismo e dá o exemplo de um jornalista que falou oi para um jogador e, no dia seguinte, publicou uma entrevista com esse jogador, ou seja, inventou a matéria.

Ele fala também do bairrismo e diz que a imprensa é responsável por fomentar a rivalidade que acaba se refletindo nas brigas de torcidas e na briga entra os jogadores.
Mais a rivalidade exacerbada do que a violência. Há uma tendência a forçar os personagens do mundo esportivo a provocarem o adversário. Esses problemas, de alguma maneira, vão prosseguir até hoje, com novas faces.

Na década de 1970, João Saldanha denuncia corrupção entre os jornalistas. Ele fala, claramente, que há jornalistas que recebem dinheiro de dirigentes esportivos.
Saldanha relata que, ao voltar ao jornalismo depois de ter sido técnico da seleção, recebeu oferta de suborno para tentar influenciar na escolha de uma cidade para sediar um jogo da seleção brasileira.

Na década de 1990 com esses mesmos problemas ligados à grande confusão que reinava no futebol, com a mistura de negócios, mídia e publicidade.

O jornalista Juca Kfouri é um dos que vai dar visibilidade a um caso emblemático da década: a história de uma equipe de jornalistas que tinha de alguma maneira negócios na compra e venda de jogadores. A cobertura de determinados jogos e jogadores tinha mais destaque que outros em função dos interesses dos jornalistas.

O futebol surge no Brasil no final do século XIX, trazido por filhos de imigrantes ingleses. Em 1900, já há uma imprensa reportando esse esporte da elite. Nos primeiros dez, 15 anos do jornalismo esportivo temos uma imprensa de elite tratando de um esporte de elite.

O futebol, desde a origem, tem um apelo popular muito forte. A grande questão da época era: pobre e analfabeto podem receber para jogar futebol? A imprensa faz coro contra a participação do “povo”no futebol.

Num segundo momento, surge a questão dos imigrantes no futebol, com o Palmeiras, em São Paulo, e o Vasco, no Rio. A imprensa não reclama abertamente do fato dos times serem formados por imigrantes, mas surge, claramente, um preconceito novo contre esses times bem sucedidos.

Na década de 1930 surgem o Jornal dos Sports e a Gazeta Esportiva. A essa altura, o futebol já é super popular. Os dois estabelecem uma relação muito forte com o torcedor e serão os dois principais jornais esportivos do país por mais de 50 anos.

Mário Filho comprou o Jornal dos Sports com a ajuda de três sócios: Roberto Marinho e os presidentes do Flamengo e do Fluminense. E nunca se questionou a isenção do jornal.

Tanto a Gazeta Esportiva quanto o Jornal dos Sportes se baseavam, principalmente, na relação com o torcedor. Eles criam campeonatos, inventam apelidos para jogadores, times e clássicos.Toda a mitologia em torno do futebol é gerada na imprensa esportiva já na década de 1930.

O esporte mexe basicamente com a emoção e o jornalismo esportivo acompanha isso. No entendimento do escritor e jornalista Maurício Stycer, o jornalista esportivo não consegue, racionalmente, convencer o torcedor do Santos de que o Santos jogou pior que o Corinthians
No jornalismo esportivo, avalia o escritor, as fontes são menos qualificadas que em outras áreas do jornalismo. A facilidade de manipular informações é muito maior.

Apesar de o futebol ter virado um negócio importante, que movimenta muito dinheiro, as fontes que alimentam isso não são tão sérias quanto as que atuam no jornalismo econômico, por exemplo.

Para Stycer, o jornalismo esportivo é a porta de entrada de um grande número de jovens no mercado de trabalho, 90% deles homens.

É uma área observa Stycer na qual os profissionais, na média, ganham menos, e que raramente são promovidos para cargos de chefia e direção em outras seções do jornal. Eu o descrevo como um sub-campo do jornalismo de menor prestígio.

No Jornalismo Esportivo, pelo menos duas grandes coberturas de nível mundial se alternam a cada quatro anos: a Copa do Mundo de Futebol e os Jogos Olímpicos. A primeira é o maior evento de futebol do planeta, sediado em um país de cada vez, e acontece nos anos pares com final não-divisível por 4 (90, 94, 98...).

Já as olimpíadas ocorrem nos anos terminados em múltiplos de 4 (88, 92, 96), sediadas em uma única cidade. Durante estes eventos, a imprensa de inúmeros países do mundo envia repórteres e correspondentes para cobrir o desempenho de seus atletas e dos adversários.

No entanto, a concentração de jornalistas esportivos numa olimpíada é muito maior do que numa Copa do Mundo, já que os profissionais estão em uma só cidade e há muito mais países participantes. Por isso, as coberturas de Jogos Olímpicos exigem grande estrutura e recursos, tanto para a cidade-sede das competições quanto para as empresas jornalísticas.

No Brasil, a esmagadora maioria do espaço no Jornalismo Esportivo é preenchida por matérias sobre futebol, o esporte mais popular no país. O restante é dedicado aos chamados Esportes Amadores, ainda que constem entre eles o vôlei e o basquete, que já são bastante profissionalizados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário