sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CARACTERÍSTICAS

O jornalismo ambiental tem características diversas em cada região do Brasil. A existência e a própria qualidade das notícias publicadas estão diretamente relacionadas à mobilização da sociedade em torno do tema. As Organizações Não-Governamentais enfrentam dificuldades para publicar os seus pontos de vista em todo o país, mas onde a atuação das entidades é fraca, o noticiário sobre problemas ecológicos é quase inexistente.

Os grandes grupos de comunicação do país sabem que não podem ignorar a questão ambiental, meramente por uma questão de mercado, e por isso fazem pequenas concessões, abrindo janelas periféricas aqui e ali. No entanto, mantêm o jornalismo ambiental com um status marginal. E o jornalista que se especializa é rapidamente tachado de ecochato ou ecologista, minando a credibilidade do profissional. Principalmente quando começa a discutir com profundidade as questões ecológicas e denunciar grandes empresas poluidoras.

A imprensa brasileira dificilmente trata dos problemas ambientais com profundidade na pauta das discussões públicas. As exceções são fruto de um esforço pessoal e isolado. O meio ambiente é manchete e ganha espaço e tempo na cobertura diária quando acontecem desastres, ou quando os assuntos repercutem no exterior, como a morte de um ecologista famoso, as queimadas e os desmatamentos na Amazônia e na Mata Atlântica. A pauta ambiental ainda vem das agências internacionais.

A grande imprensa não desvenda a promiscuidade que existe entre os órgãos ambientais e as indústrias. Também evita debater temas brasileiros, como a falta de saneamento no país.

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