O jornalismo de moda que desempenha três funções principais, ele coloca em evidência uma cultura diferente do corpo, descreve os meios de um sistema de consumo que serve ao entretenimento e exibe um discurso de moral social. Nesse sentido, através de uma linguagem crítica o jornalismo de moda propicia a emergência de uma cultura da feminilidade, provocando uma transformação eficaz das relações sociais quanto aos valores da moral e do utilitarismo econômico, a moda promove a necessidade do consumo como uma categoria essencial da existência.
Sabe-se que a moda ocupa hoje um espaço significativo na vida contemporânea, atingindo diversas instâncias da sociedade, como por exemplo, as relações afetivas, a educação, entre outras. A moda invade também, sobretudo, o processo comunicativo conquistando um lugar privilegiado na mídia, tendo como marco de grande difusão os anos de 1960 e os meios eletrônicos de comunicação de massa, principalmente no Brasil.
Existe uma preocupação dos periódicos de moda em instaurar uma nova cultura da feminilidade, assegurando, inclusive, a entrada da mulher no mundo da literatura que favorece a promoção das mulheres, pois a concorrência dos homens é maior quanto à política e economia por exemplo. À partir disto encontra-se a tradução de um modo de vida mais artístico e a vontade de promover as expressões onde triunfam as mulheres, a sedução atrelada a toques de delicadeza passa a ser uma preocupação na produção textual.
Ao eleger o verbo, a linguagem como suporte da sedução, não se deve desprezar a elegância do ato de expressão, é como se fosse todo um imaginário de estetização da vida que passa a se impor, desa forma a imprensa feminina constrói pouco a pouco a identidade nova das mulheres.
A imprensa feminina coloca em evidência os perigos morais da moda, ela promove novidades materiais, publicando facilmente as
artes, ela faz a apologia da felicidade, glorifica a identidade feminina e contribui na conquista do individualismo.
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