terça-feira, 24 de novembro de 2009

CONCEITO

A década de 60 foi onde tudo mudou, tudo aconteceu e de forma intensa. Os Estados Unidos foi o berço de várias mudanças, em meio à guerra do Vietnã, ao baby boom, o movimento hippie, o sexo, drogas e rock ‘n roll, surge à contracultura, que influenciou profundamente todas as formas e manifestações artísticas da época.

Da musica a literatura, tudo fora remodelado às idéias libertadoras do movimento beatnik, iniciado pouco mais de uma década antes por escritores como Allan Ginsberg, Jack Kerouac e William Burroughs. Estes, inconformados com o consumismo e materialismo, inventaram uma nova forma de fazer literatura, que fugia dos padrões normais e formais da época para debater assuntos polêmicos e controversos como o uso de drogas.

Como tudo na vida se molda as novas mudanças do mundo, o jornalismo não poderia ser diferente, cansados da mesmice e dos padrões jornalísticos, Tom Wolfe, Gay Talese, Norman Mailer e Truman Capote, constroem uma nova forma de se fazer jornalismo, que passou a ser conhecido como New Journalism, alterando o processo de apuração, de se redigir e editar os fatos, utilizando o formato literário e passando assim a fazer um jornalismo mais humanista.

Em meados dos anos 60, surge algo ainda mais ‘inovador’, algo que até hoje causa frision em debates jornalísticos, nasce o Gonzo Journalism. Fruto do excêntrico jornalista Hunter S. Thompson. Adepto aos ideais do beatnik e do movimento hippie, que pregava o uso abusivo de drogas, utilizava um método caótico para apurar os fatos de suas matérias.

Mesmo sendo visto como um filho bastardo do New Journalism pelo estilo de narração dos fatos serem parecidos, pode-se dizer que o Jornalismo Gonzo é uma evolução deste outro, que propõe novos caminhos não só na apresentação do texto como também na escolha dos temas, abordagem dos assuntos e principalmente nas técnicas de apuração dos fatos.

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