O Jornalismo Científico voltado para crianças ambiciona levar questões e curiosidades da ciência de maneira compreensível e atraente ao seu público alvo. No Brasil, a especialização ainda se apresenta na fase embrionária. O único impresso de grande circulação é a revista Ciência Hoje das Crianças. Na televisão, há o programa Pequenos Cientistas – exibido na Tv Rá-Tim-Bum.
De acordo com o jornalista e professor Wilson da Costa Bueno, a produção de material informativo infantil enfrenta três desafios: a definição exata da faixa etária a quem o material se destina; a tendência em adotar uma visão simplista e apresentar os fatos como verdades absolutas, sem dar margem ao debate.“Alguns suplementos imaginam a criança ou o jovem a partir de uma perspectiva tradicional e subestimam a sua capacidade de compreender ou de se interessar por determinados temas, preferindo adotar uma visão simplista. Repetem os papais e mamães que insistem em se comunicar com as crianças como se elas fossem eternos bebês, o que, numa sociedade da informação como a que vivemos, é totalmente inadequado.”
A linguagem deste ramo deve, portanto, fugir do nível de desdenho da capacidade infantil, traduzindo os termos técnicos e absorvendo a atenção da criança. Sem, no entanto, desobedecer aos princípios básicos da escrita jornalística.
Entre os profissionais da área, estão: o neurocientista Roberto Lent - idealizador de histórias em quadrinhos sobre ciência; o cartunista Flávio Dealmeida – ilustrador de dezenas de livros infantis e quadrinhos científicos. E as repórteres Cáthia Abreu e Marcella Huche - da revista Ciência Hoje das Crianças.
O conteúdo do jornalismo científico para crianças tem como marca a adequação do material ao público alvo e a busca por linguagem, diagramação e temas tanto acessíveis, como convidativos.
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